quinta-feira, março 31, 2005

Brit Milah - O que é ?



A circuncisão('brit'- em Hebraico), ou seja, a iniciação do judeu do sexo masculino na qualidade de integrante pleno do povo judaico, é praticada em obediência ao segundo dos 613 mandamentos da Torah: "Este é meu pacto, que guardareis entre mim e vós, e a tua semente depois de ti: que todo varão será circuncisado" (Gên.17:10).

A circuncisão é realizada no oitavo dia após o nascimento. Aquele que realiza a circuncisão chama-se 'Mohel', apesar de que qualquer cirurgião possa fazê-lo recitando as bençãos necessárias. Na Brit Milah intervêm, além do 'Mohel', o 'Sande', que segura no bébé durante a operação, e a 'Quater' (do Alemão 'Govatters' - padrinho), que é quem conduz o bébé à sala onde irá ser circuncisado.

Caso o pai seja capaz de realizar a circuncisão, terá que fazê-lo, não podendo delegar a função a nenhum outro. Originalmente, apenas o pai podia realizar a circuncisão. Isto começou com Abraão que circuncisou Isaac quando este tinha 8 dias de vida. Posteriormente esta função passou a ser realizada por um 'Mohel'.

Praticada a Milah, o pai recita uma oração de graças pela mitzvah – mandamento - de ter iniciado o seu filho no pacto de Abraão.

Dá-se depois ao menino o seu nome, o qual lembra, comumente, o de algum avô ou outro parente falecido.

Terminada esta cerimónia, o 'Mohel' com um copo de vinho na mão, roga pela benção de D’us sobre o menino circuncisado. Com umas gotas molham-se os lábios da criança, que é, então, devolvida à sua mãe.

Após a Brit Milah, realiza-se geralmente uma reunião familiar, durante a qual se serve uma Seudat Mitzvah, refeição de carácter religioso.


A circuncisão é considerada mais importante que qualquer mandamento, portanto, não importando que dia seja, mesmo 'Shabbat'ou 'Yom Kipur'. A única coisa capaz de retardar a circuncisão é o bébé ter nascido prematuramente ou com alguma doença. Neste caso será realizada sete dias após sua recuperação; e o dia de sua recuperação será considerado o do seu nascimento.

segunda-feira, março 21, 2005

Artigo no Jornal: "Judeus e cristãos na Semana Santa"

1.Começa, hoje, Domingo de Ramos, a celebração de acontecimentos que provocaram estranhas e simétricas oposições: ser judeu é ser anticristão e ser cristão é ser antijudeu.
As narrativas e interpretações do Novo Testamento sobre o processo de Jesus de Nazaré são mais do que registos de tribunal. São portentosas elaborações acerca da significação universal do itinerário deste judeu que não morreu de velho nem de doença fulminante. Foi morto. O sumo sacerdote Caifás - o encarregado de manter a ordem em Jerusalém -, perante certos acontecimentos e rumores, sentiu que era urgente mandar prender Jesus e oferecer a Pilatos razões de Estado para o executar. Estes adversários coligarem-se para eliminar um homem que, segundo julgavam, podia perturbar a harmonia religiosa e a paz política na região.
O reexame dos acontecimentos feito pelos seguidores de Jesus ligou este nome com um título messiânico. Ficou, para sempre, Jesus Cristo. Para os cristãos não há outro nome no qual possamos ser salvos. Para o judaísmo, o Messias de Israel só pode ser alguém vitorioso, nunca um crucificado.
Gérard Israël, num livro importante para o relançamento do diálogo entre judeus e cristãos, insurge-se contra aqueles que desejam que o judaísmo de hoje se reaproprie de Jesus, o judeu.
E argumenta: apesar de toda a sua familiaridade com o judaísmo do seu tempo, Jesus tornou-se, ao fim dos trinta anos da sua existência, pela sua pregação e ensino, com o apelido de Cristo, o rochedo sobre o qual foi construída uma outra religião. Esta religião, o cristianismo, foi estabelecida sobre a imagem de um Jesus transfigurado, morto sobre a cruz, ressuscitado, rapidamente assimilado, pelo processo da Incarnação, ao próprio Deus. Primeiro, só de forma alusiva pelos evangelistas e depois de forma plena pelos padres da Igreja. Uma tal construção teológica, por mais respeitável que seja, tendo em conta nomeadamente o seu sucesso quase universal, não permite ao nazareno voltar a ser judeu. Nunca mais poderá ser entregue ao seu povo. (2)
O processo instaurado a Jesus, a crucificação, a responsabilidade das instâncias judaicas e não judaicas, as relações entre judeus e cristãos, encontram-se, todos os anos, na Semana Santa. Ainda que já sejam numerosas as obras sobre as raízes antijudaicas das igrejas cristãs, o prof. Peter Tomson reuniu o consenso de um conjunto de peritos católicos, protestantes e judeus, para oferecer a um público mais vasto do que o círculo de alguns especialistas, um contributo capaz de clarificar o debate - O Caso de Jesus e os Judeus. (2)
A importante construção de museus sobre o Holocausto, as repetidas polémicas sobre o antisemitismo, algumas retomadas em torno do filme A Paixão de Cristo, indicam que estamos longe da reconciliação entre judaísmo e cristianismo, por mais importantes que tenham sido as posições do Vaticano II, dos últimos papas e, sobretudo, os gestos de João Paulo II.
2. As calúnias entre judeus e cristãos atingiram, ao longo de dois milénios, expressões inacreditáveis. É evidente que a noção de culpa colectiva e herdada pela morte de Jesus de Nazaré é absurda, maldosa e teve efeitos terríveis. Mas a responsabilidade não deve ser atribuída só aos cristãos. Segundo uma penetrante obra de Israel Shahak, o judaísmo está imbuído de um ódio profundo contra o cristianismo, combinado com a ignorância a seu respeito.
Os relatos sobre Jesus que figuram no Talmude e na literatura pós-talmúdica são inexactos e mesmo caluniosos. São, no entanto, aquilo que os judeus acreditavam até ao séc. XIX e que muitos, em particular em Israel, ainda hoje acreditam. (3)
Segundo o Talmude, Jesus foi executado - mediante sentença de um apropriado tribunal rabínico - por idolatria, por incitar outros judeus à idolatria e por desprezo da autoridade rabínica. Todas as fontes clássicas judaicas que referem esta execução sentem-se orgulhosas de assumir a responsabilidade por ela. No relato talmúdico, os romanos nem sequer são mencionados! Os relatos mais populares - mas tomados muito a sério -, como o conhecido Toldot Yeshu, são ainda piores. Além dos crimes já apontados, também acusam Jesus de feitiçaria. O próprio nome Jesus era, para os judeus, o símbolo de tudo o que era abominável.
Esta tradição popular continua. Os Evangelhos são igualmente detestados. Não podem ser citados - muito menos ensinados - mesmo nas modernas escolas judaicas israelitas. Em 23 de Março de 1980, centenas de cópias do Novo Testamento foram queimadas pública e cerimonialmente em Jesusalém sob os auspícios do Yad Le"akhim, uma organização religiosa judaica subsidiada pelo Ministério israelita das Religiões.
Segundo Israel Shahak, por razões teológicas, radicadas principalmente na ignorância, o cristianismo é uma religião classificada pelo ensino rabínico como idolatria. Isto baseia-se numa interpretação tosca das doutrinas cristãs sobre a Trindade e a Incarnação. Todas as representações pictóricas e emblemas cristãos são encarados como ídolos, mesmo por aqueles judeus que adoram literalmente manuscritos, pedras ou relíquias de "homens santos".
Pelos vistos, ainda há muito caminho a percorrer para que cristãos e judeus aprendam, pelo menos, a respeitarem-se mutuamente!

Referências: (1) Gérard Israël, La Question Chrétienne. Une pensée juive du christianisme, Payot,2002; Peter Tomson, L"Affaire Jesus et les Juifs, Cerf, 2003; Israel Shahak, História Judaica, Religião Judaica, Huguin, 1997


by Frei Bento Domingues in Público (20/03/2005)

quarta-feira, março 16, 2005

Purim - Costumes



Mishloach Manot e Presentes para Pobres
O costume de enviar presentes (Mishloach Manot), deixa a sua marca em Purim. Ao longo de Purim, homens e mulheres, jovens e crianças andam pelas ruas, carregando pratos, cestos e bandejas cheias de guloseimas, escolhidas e cobertas com um guardanapo. Muitos destes “mensageiros” estão mascarados, acrescentando uma beleza especial à atmosfera de Purim.

Em Jerusalém era costume que as mulheres comprometidas enviassem Mishloach Manot ao seu futuro marido; bolos, biscoitos e confeitaria eram formosamente organizados em bandejas redondas e gigantescas. Hoje em dia, em Israel, há formas de Mishloach Manot familiares, por bairro e nacionais. Os presentes são enviadas, por exemplo, aos soldados, para os assentamentos nas fronteiras e para os necessitados. Crianças também trocam Mishloach Manot simbólicos nas escolas.


Fazendo barulho na menção do Nome de Haman
Predomina uma atmosfera especial na sinagoga durante a leitura da Meguilat. Muitos dos fiéis trazem a sua própria Meguilat Esther kasher, escrita em pergaminho, de acordo com a halachá – por temer que, caso contrário, eles possam perder uma palavra ou outra da leitura; eles podem assim suprir silenciosamente a palavra perdida em sua própria Meguilat, cumprindo a mitzvá (preceito) de ouvir a Meguilat na sua totalidade.

Crianças mascaradas fazem todos os tipos de barulho – assobios e assim por diante, para abafar o nome de Haman sempre que o leitor o pronuncia. Escutam-se batidas de varas e barulhos explosivos. O tremendo tumulto acrescenta-se à alegria geral. O leitor espera até o término do barulho para continuar a Meguilat, que lê até o próximo “Haman”.

Outro costume era escrever o nome de Haman no sapato e pisar até o nome do opressor ser apagado. O costume de fazer barulho quando o nome de Haman é mencionado é muito antigo e difundido pela Diáspora judaica. Alguns rabinos rígidos proibiram o costume, pois perturba a leitura da Meguilat, mas a atmosfera de Purim festiva triunfou e o costume tornou-se profundamente arraigado ao folclore de Purim.


Fantasias
O costume de usar fantasias em Purim é extremamente antigo. Era particularmente observado na Itália. Já há quatrocentos anos atrás o Rabino Yehuda Mintz escreveu que deveria ser permitido aos homens vestirem-se de mulheres em Purim, embora os rabinos Ashkenazim proibiam isto absolutamente. O Rabino Yoel Sirkis, da Polónia, opunha-se amargamente a esta permissão, que ia contra o versículo do livro Deuteronômio (22:5): “uma mulher não usará o artigo de vestuário de um homem, nem um homem vestirá o artigo de vestuário de mulher”.

Ele também proibia aos homens máscaras que impedissem que fossem reconhecidos, proibição esta tanto para Purim, quanto para casamentos.

Actualmente a revelação externa mais distinta de Purim é o uso de vestidos caprichados, principalmente, pelas crianças, embora os adolescentes e adultos às vezes se vestem a rigor em público ou participem de bailes de máscaras.


As Mitzvot de Purim
Jejuamos no dia anterior a Purim para recordar o dia de jejum e oração que os judeus observaram antes de sua vitória. Em Purim há quatro mitzvot a serem cumpridas:

1- Ouvir a Meguilat – A fim de reviver os eventos milagrosos de Purim, escutamos duas vezes a leitura da Meguilat. Uma vez após a Tefilá de Arvit e outra no período diurno do dia seguinte.

2- A refeição de Purim – Como em todas as festas, comemoramos Purim com uma refeição festiva especial, na qual a família e amigos se reúnem e se alegram no espírito da festa.

3- Presentear amigos com alimentos – O milagre de Purim ocorreu, em parte, graças à amizade e união do povo judeu. Esse facto é comemorado através do envio de pelo menos dois tipos de alimentos prontos para consumo a pelo menos um amigo.

4- Dar donativos no mínimo a dois pobres – Nas duas últimas Mitzvot, aquele que incrementar será louvado.

sexta-feira, março 11, 2005

Purim - A palavra



A origem da palavra "Pur" aparenta ser persa. Como escrita na Meguilat Ester, significa "sorteio". Purim é o plural da palavra "Pur", e, portanto significa "sorteios". A festa chama-se Purim devido aos sorteios promovidos por Haman.

A palavra "Pur" também está relacionada com a palavra hebraica "porer", que significa desmantelar, quebrar, destruir, quebrar em pedaços. A palavra "hefir", derivada do verbo "pur" tem sentido de cancelamento, quebra de algo permanente, como a violação de uma aliança ou o fim de um casamento.

Haman escolheu fazer sorteios para determinar o dia e mês para atacar os Judeus. Os antigos persas acreditavam que os signos do zodíaco afectavam o destino do homem, e creditavam muita honra aos astrólogos e magos. Para muitos pesquisadores, o sorteio não resultou no mês de Adar por acaso, mas intencionalmente, já que uma importante festa persa da deusa Anahita era celebrada no meio deste mês, e o interesse de Haman era deixar o povo contra os Judeus justamente durante estes dias de alegria e entusiasmo.

Uma palavra recentemente introduzida na língua hebraica é "purimon", uma pequena festa parecida com Purim. Com o tempo, "Purim" transformou-se num símbolo de salvação para os Judeus, e diversos "Purims" foram estabelecidos para marcar dias em que os Judeus foram salvos em diversos lugares do mundo de situações de perigo. Esses "Purims" especiais eram chamados segundo o local onde o milagre havia acontecido, por exemplo: Purim de Frankfurt, Purim de Zaragoza, Purim de Casablanca, etc.

segunda-feira, março 07, 2005

Purim - Os personagens da meguilat Ester


A heroína do Livro de Ester
É escolhida por Achashverosh como a sua esposa; passa a ser chamada de rainha Ester na Meguilat. A Meguilat descreve-a como uma mulher de valor. A sua inteligência ajuda-a a criar conflicto, tensão e ciúmes entre Achashverosh e Haman.
Graças a isso o milagre aconteceu, e Ester pode salvar os Judeus na Pérsia da destruição. Segundo a Meguilat, o nome original de Ester era Hadassa. Seu pai, Avichail, era tio de Mordechai. Quando os pais de Ester morreram, Mordechai criou-a na sua própria casa.

Mordechai, o hebreu
A origem do nome Mordechai é babilónico. Sabe-se que os Judeus da Pérsia davam nomes babilónicos aos seus filhos. Mordechai era da tribo de Benjamim. A sua família, chefiada por Kish, foi exilada da Terra de Israel com Yeoachin, rei de Judá, em 597 AEC, cerca de 100 anos antes de Achashverosh chegar ao poder. Kish era o pai do rei Shaul, portanto Mordechai era parente deste rei, que lutou contra os amalequitas e seu rei Agag. Segundo os sábios, Haman era um dos descendentes de Agag. Assim, após várias gerações, a história permitiu o encontro de descendentes de inimigos históricos – Mordechai e Haman. O livro de Ester descreve a continuação do conflito histórico, e sua conclusão bem sucedida com a vitória do Hebreu sobre o Amalequita.

Achashverosh
Rei da Pérsia, usualmente identificado como Xeres, que reinou 486 a 465 AEC. Achashverosh é descrito como intolerante com os povos que habitavam sob o seu controle. No Livro de Ester é retratado como omisso e inconstante. A sua corte real possuía uma atmosfera de desperdício, vaidade, extravagância, com festas nas quais o vinho fluía livremente – uma atmosfera alheia ao Judaísmo. O seu reinado é mostrado como aleatório, com decisões tomadas com frivolidade e ambiente de muita embriaguez. Achashverosh era filho de Dario, neto de Ciro, o rei que reinava quando os Judeus construíram o segundo Templo.

Haman, filho de Hamdata, o Agaguita
O primeiro-ministro de Achashverosh. Propôs ao rei destruir o Povo Judeu do reino em um único dia, 13 de Adar. Segundo os sábios, Haman era temeroso e cauteloso, apesar de a Meguilat retratá-lo como poderoso e astuto.

Vashti
Bela esposa de Achashverosh, que recusou participar num banquete promovido por Achashverosh para o povo de Shushan. Como punição, foi banida do palácio e Ester foi coroada em seu lugar.

Bagtan e Teresh
Dois dos eunucos do rei, que guardavam a porta do palácio e planejavam assassinar o rei. A trama foi descoberta por Mordechai, que contou a Ester. Ester, por sua vez, relatou a trama ao rei em nome de Mordechai. Os dois eunucos foram executados, e a boa índole de Mordechai foi registrada nas crónicas do rei. O mérito desta boa índole ajudou Mordechai a aproximar-se do rei, e, junto com Ester, salvar os Judeus da destruição.

quinta-feira, março 03, 2005

Purim - O que é ?


História animada, feita pelo Rabino Boaz Pash, referente a Purim.



Purim é festejado no dia 14 de Adar II. Este ano calha na Sexta-feira, dia 25 de Março de 2005.

O livro de Ester (Meguilat Ester), a base da festa de Purim, conta uma das mais queridas histórias bíblicas. Haman, o vilão da história, desenvolve um plano para aniquilar os Judeus da Pérsia – e este é aprovado pelo Rei Achashverosh. Através de uma complexa sequência de eventos, a Rainha Ester, judia, e seu pai adoptivo, Mordechai, conseguem interceder directamente com o rei, estragando o plano diabólico de Haman, e destruindo-o, juntamente com outros inimigos do Povo Judeu. É então proclamado o feriado de Purim.

Mas Purim – a Festa dos Sorteios – parece repleta de contradições. Em dada altura os Judeus estão sem ajuda e desesperados de medo; em outra, estão lutando contra os seus inimigos, vencendo-os. Milagres acontecem, e o nome de D’us nunca é citado. Em Purim, os Judeus reafirmam a sua lealdade ao Judaísmo, e alcançam novos níveis espirituais. Mas então vêm as máscaras, paródias, banquetes e bebidas. Purim ensina-nos a ver através das contradições da vida, e perceber que elas são todas parte do plano. Purim significa sorteios – como na lotaria.

Resumindo, Purim é a festa da unidade judaica. Assim como as contradições de Purim desembocam num tema unificado, o Povo Judeu deve ser unido, para comemorar.

Rabbi Eliyahu de Vilna escreveu que a Torah jamais poderia ter sido aceite por uma nação dividida – a nação teria que ser “Belev echad, keguf echad” – "como um só coração num só corpo". Assim, tal como os Judeus se uniram no Monte Sinai, também eles se uniram em Purim. “kimu vekiblu haiehudim” – “os Judeus confirmaram e aceitaram” (Meguilat Ester 9:27) manter o Judaísmo, com ainda mais entusiasmo que o Monte Sinai.

Todas as quatro observâncias de Purim levam-nos à união. Primeiro, sentamo-nos todos juntos para ouvir a leitura da Meguilá. Depois, a mitzvá de Matanot Laevionim – presentes para os pobres – une os pobres e os ricos. Mishloach Manot – enviar guloseimas – reforça a ligação entre nós e os nossos amigos.

Finalmente, para separar as barreiras que nos separam, bebemos. O beber durante a refeição de Purim deve-nos libertar das nossas inibições, não para nos levar a ser salvagens, mas para nos permitir mostrar os nossos mais interiores e profundos sentimentos de amor uns pelos outros. Ao bebermos (com moderação), diminuímos as fronteiras que nos separam uns dos outros, para nos sentirmos ainda mais como uma unidade.